Círculo de Oração – Fevereiro de 2024

O Tempo Litúrgico da Quaresma não é um tempo de tristeza, mas um tempo de reflexão. Neste período acompanhamos Jesus nos quarenta dias em que Ele jejuou e foi tentado no deserto, mergulhamos no mistério de sua Paixão, para com Ele morrer e com Ele ressuscitar no Terceiro dia.

Antigamente o clima quaresmal vinha de fora para dentro como uma imposição do meio, hoje é feito um caminho inverso. O clima meditativo e oracional nasce do coração e da intimidade com Deus, onde buscamos viver uma empatia maior com o Cristo Filho Heroico do Pai, refletindo sobre sua entrega total na Cruz e
relacionando-a com nossa cruz pessoal. Daí nasce a necessidade de um silêncio interior, de propósitos penitenciais, de se retirar alguns supérfluos e confortos do ordinário da vida para que o essencial apareça e possamos enxergar o extraordinário nele.

Não é necessário que fiquemos tristes ou com o rosto sisudo, mas precisamos esvaziar um pouco o coração para que ele seja preenchido com novas experiências quaresmais que irão ser a matéria prima para as dádivas da celebração da Páscoa.

Iniciamos a nossa caminhada na Quarta-feira de Cinzas e o gesto da imposição de cinzas nos remete a nossa fragilidade humana, nossa pequenez, lembrando-nos que viemos do pó e ao pó voltaremos. A caminhada quaresmal vai crescendo e se desenrolando num compasso que nos leva à semana maior, a Semana Santa, e é coroada com o Tríduo Pascal.

Direção da União de Famílias no Brasil