No dia 08 de dezembro de 2024, nossos corações foram transpassados por uma graça renovada e sublime. O ato da Inscriptio selou em nós um novo ritmo de vida, um pulsar mais confiante e abandonado nos braços da nossa Mãe e Rainha. Naquele dia, sentimos o céu beijar a terra e, conduzidos pela ternura de Maria, pudemos oferecer nosso “Sim” mais puro: “O Pai tem o leme em suas mãos.” Este brado não foi apenas pronunciado, mas jorrou da profundidade de nossas almas como um cântico de entrega total. Por entre reuniões, encontros e momentos de oração, o Espírito Santo foi nos amadurecendo e preparando para a grandeza deste momento.

Em nosso caminho, o medo muitas vezes apertou nossos corações. Era difícil aceitar o pedido pelas provações, que pareciam exigir de nós mais do que poderíamos suportar. Contudo, sob o olhar materno da Mãe de Deus, aprendemos que não se trata de evitar a cruz, mas de abraçá-la com confiança filial. Não estávamos sós: Maria, como Mãe solícita, caminhava ao nosso lado, dizendo a cada instante: “Filho, estou aqui, sou teu amparo!” E assim, envoltos em Sua presença, cada provação se tornou, misteriosamente, fonte de purificação e amadurecimento para a nossa Consagração Perpétua.

As dores, as doenças, as incertezas e as angústias não nos derrotaram; antes, tornaram-se oferendas preciosas, depositadas no Capital de Graças da nossa Aliança de Amor. No dia 12 de abril de 2025, diante do altar da vida, selamos nossa Consagração Perpétua, como quem finca raízes definitivas no coração da Mãe. O ideal que nos sustenta — Família Santa em missão, pela confiança na Aliança de Amor — brilhou como luz firme, mesmo nas noites mais escuras. E foi nesse brilho que nossos passos se fortaleceram para a missão.

Hoje, proclamamos com júbilo: somos famílias que se fundiram de maneira definitiva, entre nós, com a nossa Comunidade da União de Famílias e, acima de tudo, com a Mãe Três Vezes Admirável. Nossa Consagração Perpétua não é um fim, mas o início de um novo ardor missionário. Somos instrumentos vivos nas mãos do Pai, guiados por Maria, desejosos de irradiar a Sua luz no mundo. E confiamos, com inteira firmeza, que sob o manto da Mãe, nenhuma tempestade poderá nos abalar.

Nossa caminhada como curso está prestes a completar quatorze anos. Foram inúmeros os momentos de bençãos, lutas e conquistas, que enriqueceram o Capital de Graças de nossa Família de Schoenstatt. Entre tantas maravilhas, desejamos hoje destacar duas preciosas conquistas: a criação de nossa bandeira e o nascimento do nosso hino. Em cada ponto bordado, em cada traço da bandeira, cada família deixou sua marca, símbolo da grande missão que carregamos: a salvação das famílias.

Nossa bandeira representa a barca da vida familiar, navegando em meio às tempestades do mundo atual. Muitas vezes, as famílias se veem em alto-mar, ameaçadas por ondas gigantescas que parecem querer afundá-las. No entanto, ao erguermos o olhar, encontramos, no farol do Santuário, a luz que guia, que renova e que transforma. A Mãe de Deus, do seu Santuário, nos chama a sermos famílias semelhantes à Sagrada Família de Nazaré: firmes na fé, fortes no amor e luminosas na esperança.

Para embalar e eternizar essa conquista, nasceu também o nosso hino, que ecoa como oração e missão. Seu refrão nos impulsiona a cada dia:
“Família Santa, sua missão, ser um farol, ser direção; atendendo ao pedido do Pai, as famílias salvar! Com os olhos fixos na luz, na Aliança confiai!”
Este cântico não apenas ressoa em nossas vozes, mas se imprime em nossos corações como compromisso sagrado de sermos luz viva nas tempestades do mundo.

E assim, consagrados perpetuamente, lançamo-nos com fé e confiança para onde os ventos de Deus quiserem nos levar. A certeza que carregamos é que muitas bençãos já estão sendo, e ainda serão abundantemente derramadas sobre nós, sobre nossas famílias e sobre toda a nossa Comunidade. Unidos em Maria, ancorados no Pai e impulsionados pelo Espírito, desejamos ser faróis de esperança para este tempo que clama por famílias santas e missionárias!